Alexandre Uchoa

Apesar da crescente disponibilidade de dados relativos a serviços demandados e prestados, cidadãos, pacientes, contribuintes, estudantes, etc. em bases de dados de órgãos de governo, há uma dimensão desses dados que pode ser determinante para o sucesso ou o fracasso de seu uso pelo governo. Essa dimensão é a qualidade do dado. A abundância de dados pouco valor tem quando não se é capaz de atestar e assegurar a qualidade apropriada de tais dados. Mas qualidade é um conceito muito amplo que pode ser dividido em múltiplas dimensões que vão da precisão, completude, legibilidade e padronização do dado, à sua pontualidade, disponibilidade (no momento em que é necessário), confiabilidade e reputação (da fonte). E órgãos de governo, por lidarem com grandes volumes e variedade de dados relativos a múltiplos aspectos da vida dos cidadãos, tem como desafio adicional garantir que tais dados sejam compatíveis com a qualidade dos serviços que a sociedade espera. O painel tem por objetivo ouvir de gestores de órgãos públicos, cuja missão requer o consumo e a produção de dados de alta qualidade, como lidam com os desafios da garantia de qualidade de seus dados, como buscam superar as dificuldades e que tipo de suporte tecnológico vislumbram empregar no curto prazo.